Boletim Epidemiológico, Afídeos 2020, Semana 49 – 03 de dezembro de 2020

03 00:00:00/12/2020

As populações de afídeos alados coletados em armadilhas em Coxilha, norte do Rio Grande do Sul, em 2020 atingiram pico outonal entre 26 de março (semana 13) e 02 de abril (semana 14). Após o pico (265 afídeos/armadilha/semana), oscilaram em alta, especialmente entre 30 de abril (semana 18) e 21 de maio (semana 21). As elevadas populações de afídeos nesse período foram relacionadas à baixa precipitação pluviométrica em fevereiro, março e abril. Com o progressivo aumento das precipitações em maio, junho e julho e a queda das temperaturas, as populações de afídeos foram reduzindo até atingirem o patamar mínimo em julho e agosto. As populações apresentaram crescimento sustentado desde o início de setembro até atingirem o pico em 08 de outubro (semana 41 - 469 afídeos/armadilha/semana). Após o pico, ocorreram duas semanas de queda da população atingindo 214 afídeos/armadilha/semana (semana 43). Após oscilar em patamares elevados em outubro, em novembro as populações apresentaram quedas consecutivas chegando no início de dezembro (semana 49), com apenas 9 afídeos/armadilha/semana, patamar igual ao das semanas de mais baixa população. Em novembro, as precipitações pluviais foram de 127,1 mm (pouco abaixo da normal de 131,7 mm) e a temperatura média mensal foi de 20,2°C – pouco acima da normal histórica do mês (19,6°C). O número de parasitoides associados a cereais de inverno, com pico em 30 de julho (27 parasitoides/armadilha/semana), diminuiu até a semana 38. A partir de então, aumentou levemente atingindo um segundo pequeno pico, sincrônico aos afídeos, na semana 41 (7 parasitoides/armadilha/semana). Desde então, as populações reduziram, atingindo o mínimo atual de 0 parasitoide/armadilha/semana. No período entre o início do ano e 3 de dezembro, ao todo foram capturados 4316 afídeos/armadilha, bem acima da média histórica para o período que é de 1494 afídeos acumulados por armadilha. Os altos desvio positivos da população de 2020 em relação à média, provavelmente, refletem o prolongado período de estiagem. As leituras atuais de afídeos voltaram para patamares inferiores a da média histórica. A época é marcada pelo término do ciclo das cultura de inverno.

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